Pés de palhaço


1 junho 2012

Meus pés de palhaço andam calejados. Pelo caminhar em tantos e diversos terrenos. Asfalto, lama, poeira, gramados. Carregam o peso de minhas crenças inocentes. Entre dores que transformam humanos em indigentes. Sustentam as pernas trêmulas. Os braços em busca de abraços. As palavras que querem laços. Entre o topo pensante e a base andante. Pulsa um coração vibrante. Choram olhos emocionados. Suam poros irrigados. Sigam adiante, pés meus. Apresentem o preço da jornada. Neste caminhar que é o meu único deus. Aceito os calos que chegam porque não me calo. Finquem no solo de minhas andanças uma flâmula colorida. Uma vez que não sei viver outra vida.

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