Dias velozes


15 agosto 2006

Por Felipe Mello

 

Dias velozes estes nos quais vivemos. Chega a sexta-feira e de repente, num piscar de olhos, já estamos acordando na segunda-feira. É preciso atenção para acompanhar o ritmo do tempo, cada vez mais escasso no ritmo que nos propomos. Enquanto o que está em jogo é um final de semana, o prejuízo ainda não é tão grande. Mas se colocarmos em perspectiva o passar das semanas, meses e anos, verificamos que a velocidade não diminui. Pelo contrário, parece que após os dezoito anos, os sonhados dezoito anos, o tempo assume um caráter velocista, que não dá tréguas a quem dele zomba e faz mal uso.

E não se trata apenas de ocupar o espaço em branco da agenda cotidiana, mas sim verificar a qualidade da aplicação desse bem finito, escasso e cujo estoque não conhecemos. Esta reflexão de início de ano é uma convocação! Respeitemos nosso tempo, consumindo-o de maneira inteligente, alinhada com os nossas mais profundos anseios. Não tenha dúvidas: mais importante que a velocidade é a direção. Por isso, passe a limpo a sua lista de atividades e perceba se elas estão em consonância com aquilo que você deseja alcançar daqui a 5 ou 10 anos. É claro que contratempos sempre existirão, mas não deixe que eles ultrapassem a categoria dos contratempos. Normalmente, pela má administração de nosso tempo, acabamos deixando de fazer as coisas importantes em função das coisas urgentes. E isto, definitivamente, não me parece de todo inteligente.

E como eu não poderia deixar de puxar a sardinha para o lado do exercício da cidadania, aqui vai mais uma vez o recado: reserve tempo em sua disputada agenda para uma atividade voluntária organizada e contínua, através da qual você terá a oportunidade de se desenvolver pessoalmente ao passo em que contribui para o equilíbrio social. Pense nisso. O seu processo verdadeiro de evolução agradecerá, assim como inúmeros rostos e almas que dividirão com você momentos que fazem valer a pena o tempo vivido.