“Recebo tanto aprendizado e bons encontros, que é impossível mensurar.”
Erika Neves
Voluntária – ATC Escolas e ONGs
Teatro infantil do Canto Cidadão
"Sobre ser voluntário: o trabalho voluntário pra mim sempre foi uma possibilidade de me conectar e aprender. Acho curioso quando as pessoas entendem essa atuação como um simples ato de generosidade com o outro pois, quem atua, recebe tanto em aprendizados e bons encontros que é impossível mensurar. Na maioria das vezes sinto que recebo muito mais do que dou."
Que tenhamos a maioridade de poder levar a todo canto, o canto que nos acolhe
Manoel Affonso
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Ao Canto Cidadão, ao Felipe, ao Roberto, aos conselheiros e, principalmente, aos voluntários e voluntárias, que decidiram embarcar ao convite da arte hospitalar: que estes 18 anos sejam muito bem celebrados, que tenhamos a maioridade de poder levar a todo canto, o canto que nos acolhe, que nos capacita a olhar e sentir a valorização humana, que nos dá coragem para continuar, que nos fortalece a expandir e compartilhar nossa potência da entrega aos bons encontros! Meu carinho e minha gratidão por poder participar desta comemoração da vida! Parabéns, Canto! Beijos e sorrisos!"
Apesar de ter apenas 4 meses, sua presença foi marcante
Andressa E. Pereira e Greyce O. Cespedes
Voluntárias do EnCanta
Programa de ludicidade e arte, em brinquedotecas hospitalares
"Quando estávamos finalizando a visita, algumas profissionais da enfermagem vieram nos parabenizar pelo trabalho diferenciado, dizendo o quão especial foi a nossa atuação e o quão bonito foi assistir a alguns momentos, em que as crianças ficaram muito felizes.
O que me marcou foi um garotinho de quatro anos, que estava internado há mais de 15 dias. Mesmo com as complicações do seu caso clínico, a mãe e o menino participaram das atividades. Devido à medicação e os cuidados necessários, não conseguiram terminar, totalmente, as atividades. Ao final da visita, deixamos, com ele, em seu quarto, os fantoches da Chapeuzinho Vermelho e sua turma, no palito. Eles ficaram muito agradecidos, pelo carinho.
Outro momento muito especial foi com uma bebê. Apesar de ter apenas quatro meses e não poder participar, por completo, das atividades propostas, sua presença foi marcante. Esbanjando sorrisos, sempre que falávamos com ela, e se divertindo com nossos acessórios de cabelo. Ela foi fundamental para reforçar como as visitas são importantes, mesmo para os pais e as crianças menores. Independentemente da idade, existem diferentes formas de interação, que podem ser utilizadas para o acolhimento e que fazem total diferença na vivência hospitalar, daquelas pessoas."
Tivemos uma aula de vida, amor e dedicação, num ambiente que poderia fazer pensar o inverso
Ana Paula A. Costa
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Conhecemos o Sr. E e a Sra M., ainda no balcão da enfermagem, e presenciamos a Sra M. nos filmando (literalmente) e esboçando um sorriso lindo e acolhedor. Perguntamos se poderíamos entrar e quem era o paciente, e ela disse: 'É o amor da minha vida, o E.' Entramos, já na certeza de que, ali, haveria uma boa história.
Papo vai e papo vem, descobrimos, após a ingênua pergunta 'Como vcs se conheceram?', que ele passou dois meses cruzando o caminho da Sra. M., na rua. Ele, de um lado, e, ela, do outro da rua. E, que durante todos esses dias, ele a cumprimentava com uma sequência de lindos gestos que significavam 'Que o meu coração, minha inteligência e minha sabedoria te acompanhem, te iluminando com o melhor que tenho em mim', falou isso gesticulando.
Nessa hora, os olhos da Sra. M. se marejaram e ela ligou para a filha por vídeo pelo celular para que a filha descrevesse pra nós que é filha de um amor encantando, cheia de orgulho dos pais.
Sr E. ainda nos contou sobre as viagens que fez para ver a sua outra filha que mora fora, dos países que visitou e do quanto que deseja realmente ficar bom para curtir e aproveitar ainda mais e também voltar a fazer voluntariado, algo que faziam e que pararam para se dedicarem ao tratamento.
Tivemos uma aula de vida, amor e dedicação e em um ambiente que poderia fazer pensar o inverso."
Posso ter vocês pra ser feliz
Andressa Rios, Eva M. S. Siqueira e Sabrina B. Sancheta
Voluntárias do EnCanta
Programa de ludicidade e arte, em brinquedotecas hospitalares
"S. (paciente de 8 anos):
- ‘É tão bom poder estar com vocês, aqui. Ainda mais, com poucas crianças para brincar, posso ter vocês para ser feliz.’
Apesar de não ter muitas crianças participantes, tivemos a presença de uma mãe com seu filho, que estava internado, há dois meses. Ela entrou bem irritada na brinquedoteca, pois M. (paciente de um ano e meio) encontra- se muito assustado, com todo o processo de internação. Aos poucos, a mãe participou da atividade proposta e foi relatando a sua história. No decorrer do diálogo, percebemos a sua feição se transformando, além de conseguir organizar e expressar seus sentimentos, diante de todo o processo de internação e da importância de seus filhos. Saiu da brinquedoteca cantando e M. mais receptivo, aos olhares."
Tenho certeza que a música, além de trazer alegria, também traz muita paz
Maria Dalva G. Nascimento
Voluntário do CantoRia
Coral hospitalar itinerante do Canto Cidadão
"Quando chegamos ao corredor do hospital e nos organizamos para cantar, estava tudo silencioso. Então, começamos a cantar e aos poucos, pacientes e acompanhantes saíram e ficaram na porta dos quartos. Nosso maestro convidou alguns para se juntarem conosco e cantar. Notei que foram se envolvendo com a música e coreografia e foram se alegrando. Tenho certeza que a música, além de trazer alegria, também traz muita paz. Gratidão por fazer parte de tudo isso."
Se essa rua, se essa rua fosse minha
Sirlene S. Cardoso
Voluntária do ATC Hospitais
Elenco voluntário de teatro hospitalar, do Canto Cidadão
"Cada apresentação, uma nova emoção e uma explosão de sentimentos. Vagarosas lembranças. O momento especial foi atender o pedido de uma senhora, que pediu à sua filha que nos chamasse para cantarmos, juntas, a música da cena 'Pedras Preciosas': 'se essa rua, se essa rua, fosse minha, eu mandava, eu mandava ladrilhar, com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes, para o meu, para o meu amor passar'. Ela relatou que cantava para os seus netinhos. Foi lindo!"
Uma senhora numa maca começou a cantar baixinho. Sua filha se emocionou e chorou.
Nélson Cristófaro Jr.
Voluntário do CantoRia
Coral hospitalar itinerante do Canto Cidadão
"O momento especial da noite foi quando estávamos nos dirigindo ao elevador, praticamente para ir embora. Naquele momento, encontramos uma senhora sendo levada, por uma enfermeira, em uma maca. Foi quando a sua acompanhante perguntou ao Wilson, nosso regente, se nós cantávamos.
O Wilson informou que sim, oferecendo a ela nosso o trabalho voluntário. Ela aceitou.
Quando começamos a cantar, para nossa surpresa, a senhora que estava na maca, bastante debilitada, começou a cantar baixinho e a sua acompanhante, que parecia ser a sua filha, se emocionou muito e chorou bastante. Muita emoção. A música transforma as pessoas. Foi muito gratificante."
Criou máscaras, com bastante brilho. Depois, encheu o rosto do papai de glitter
Ana Cristina P. Santos, Andressa R. Araujo, Cristina R. G. César, Ingrid G. T. Okajima
Voluntárias do EnCanta
Programa de ludicidade e arte, em brinquedotecas hospitalares
"Um dos momentos importantes foi quando entramos no quarto da pequena Isabela, de 4 anos e fomos recepcionadas com aplausos. Interagimos, brincamos, rimos com toda sua família e a convidamos para brincar na brinquedoteca. A pequena veio de uma cirurgia recente na perna, mas ela fez questão de ir andando, pois estava feliz com a nossa presença. Criou máscaras e usou bastante brilho e depois encheu o rosto do papai dela de glitter. Foi muito bom ver a alegria dela e da família dela que estava no hospital, marcando presença."
O sorriso das pessoas me dá uma alegria que apenas devolvo!
Fernando Akeo
Voluntário do ATC Escolas e ONGs
Elenco voluntário de teatro infantil
"Olá, meu nome é Fernando Akeo, mais conhecido pelos amigos como Bidi. Faço parte do Canto desde 2007, atuando inicialmente como Doutor Cidadão. Hoje participo do projeto Arte em Todo Canto, apresentando a peça Tiburcia. Desde que entrei no Canto, meu intuito sempre foi e continua sendo a possibilidade de alegrar as pessoas, seja nos hospitais ou em nossas apresentações. Ver o sorriso das pessoas que se divertem com nossas piadas ou se emocionam em nossas peças, me dá uma alegria que apenas devolvo, em forma de atuação e comprometimento com o Canto e meus amigos de elenco. Para mim, não é algo que faço somente pelo bem-estar alheio, mas é algo recíproco, onde eu também ganho muito, e é isso que me motiva até hoje, além dos laços de amizade que criei em todos esses anos. Tenho muito orgulho e felicidade em fazer parte do Canto Cidadão."
Ela sorriu, chamou a mãe para perto e elas se abraçaram forte. Eu sorri junto.
Carolina Schneider
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"O 1º andar do IOT é a ala de pediatria, que não é o foco do nosso projeto. Porém, praticamente todos os pacientes tinham de 15 anos pra cima. Realizei a visita a pedidos do enfermeiro-chefe, que contou que uma das pacientes era uma menina de 15 anos que estava lá há um mês, após tentar se jogar de um viaduto. A menina estava no quarto com sua mãe e outra paciente, e rolou uma interação muito legal. Ela adorou o nome da minha doutora, puxamos a outra paciente, mais calada, para a conversa e, ao final, reforcei a importância e o significado de ela estar ali, com a mãe ao lado, recebendo uma dose tão grande de amor. Ela sorriu, chamou a mãe para perto e as duas se abraçaram forte. Eu sorri junto, no fundo querendo soltar algumas lagriminhas de emoção, desejei uma boa recuperação, uma boa noite e saí de lá com a sensação de missão cumprida."
Ela disse para a neta seguir a ideia de fazer teatro em hospitais
Andrea G. Pereira
Voluntária do ATC Hospitais
Elenco voluntário de teatro hospitalar, do Canto Cidadão
"Após encerrar as apresentações em um andar, quando estávamos saindo, uma senhora que estava de acompanhante em um dos quartos em que apresentamos a cena da sogra, nos procurou para nos parabenizar pela disposição em estar lá, e disse que queria saber de onde éramos pois tinha falado para sua neta, uma garota de uns 10 anos, que também assistiu e que faz teatro na escola para seguir a ideia."