Yassue
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de Palhaçaria Hospitalar do Canto Cidadão
"Para mim, todo o processo foi enriquecedor desde o início - trabalhar na construção de um roteiro com pessoas que eu não conhecia, conhecer as histórias, aprender sobre o papel do palhaço na sociedade, os treinamentos com a turma, me descobrir nessa arte e ver o quanto evoluí como pessoa, só me faz acreditar o quanto estou sendo privilegiada em fazer parte dessa revolução artística em prol do acolhimento às pessoas. É tudo uma troca, e de certa forma, estamos todos conectados de algum jeito. [...] Minha primeira experiência de atuação foi a confirmação de que estou no caminho e nas escolhas certas. Foi umas das experiências mais lindas que vivi - me fez enxergar ali na prática, o quão valioso é isso do acolhimento, das brincadeiras, dos risos, dos abraços."
Que tenhamos a maioridade de poder levar a todo canto, o canto que nos acolhe
Manoel Affonso
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Ao Canto Cidadão, ao Felipe, ao Roberto, aos conselheiros e, principalmente, aos voluntários e voluntárias, que decidiram embarcar ao convite da arte hospitalar: que estes 18 anos sejam muito bem celebrados, que tenhamos a maioridade de poder levar a todo canto, o canto que nos acolhe, que nos capacita a olhar e sentir a valorização humana, que nos dá coragem para continuar, que nos fortalece a expandir e compartilhar nossa potência da entrega aos bons encontros! Meu carinho e minha gratidão por poder participar desta comemoração da vida! Parabéns, Canto! Beijos e sorrisos!"
Tivemos uma aula de vida, amor e dedicação
Ana Paula A. Costa
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Conhecemos o Sr. E e a Sra M., ainda no balcão da enfermagem, e presenciamos a Sra M. nos filmando (literalmente) e esboçando um sorriso lindo e acolhedor. Perguntamos se poderíamos entrar e quem era o paciente, e ela disse: 'É o amor da minha vida, o E.' Descobrimos, após a ingênua pergunta 'Como vocês se conheceram?', que ele passou dois meses cruzando o caminho da Sra. M. na rua. E que durante todos esses dias, ele a cumprimentava com uma sequência de lindos gestos que significavam 'Que o meu coração, minha inteligência e minha sabedoria te acompanhem, te iluminando com o melhor que tenho em mim', falou isso gesticulando. Nessa hora, os olhos da Sra. M. se marejaram e ela ligou para a filha por vídeo pelo celular para que a filha descrevesse pra nós que é filha de um amor encantando, cheia de orgulho dos pais. Tivemos uma aula de vida, amor e dedicação e em um ambiente que poderia fazer pensar o inverso."
Ela sorriu, chamou a mãe para perto e elas se abraçaram forte. Eu sorri junto.
Carolina Schneider
Voluntária dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"O 1º andar é a ala de pediatria, que não é o foco do nosso projeto. Uma das pacientes era uma menina de 15 anos que estava lá há um mês, após tentar se jogar de um viaduto. A menina estava no quarto com sua mãe e outra paciente, e rolou uma interação muito legal. Ela adorou o nome da minha doutora e, ao final, reforcei a importância e o significado de ela estar ali, com a mãe ao lado, recebendo uma dose tão grande de amor. Ela sorriu, chamou a mãe para perto e as duas se abraçaram forte. Eu sorri junto, no fundo querendo soltar algumas lagriminhas de emoção, desejei uma boa recuperação, uma boa noite e saí de lá com a sensação de missão cumprida."
Ele ganharia um órgão novinho e todos estavam felizes e emocionados com isso
Débora Simões e Flávia M. Chagas
Voluntárias dos Doutores Cidadãos
Programa de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Hoje foi um dia emocionante e energizante para o nosso voluntariado. Mais um dia de troca, sorrisos, histórias, ensinamentos, afeto e emoção. Pela primeira vez, estivemos presentes quando um paciente foi subir para fazer seu transplante. Ele ganharia um órgão novinho e todos estavam felizes e emocionados com isso. Expectativa, ansiedade e emoção tomaram conta daquele andar. Vibramos energia positiva e felicidade por ter chegado a hora esperada daquele paciente. O sorriso é lindo e deve ser espalhado por aí sem medo. Porque sorrir faz bem."
Visitamos um poeta. Ele disse que escreveria sobre aquele momento que estávamos vivendo.
Débora A. Silva e Deborah M. M. Neves
Voluntárias – Doutores Cidadãos
Palhaçaria Hospitalar do Canto Cidadão
"Visitamos um senhor que era poeta. E apesar de ter Alzheimer, ainda se lembrava de seu poema preferido, recitando-o para todos nós (doutoras cidadãs, colega de quarto, acompanhantes). Ele já estava de alta e relatou que quando chegasse em sua casa escreveria um poema sobre aquele momento que estávamos vivendo juntos."
Sei que vocês têm uma missão muito importante, que não é por acaso.
Dr. Sabiá Capellini
Voluntário dos Doutores Cidadãos
Grupo de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Quantas histórias e experiências encontramos neste local, chamado hospital, onde o medo, incertezas, dores e perdas são constantes. Na visita de hoje, não foi diferente, naquilo que vivenciamos em cada quarto [...] Foi uma festa dos pacientes e acompanhantes. Todos com histórias e experiências de vida para nos contar:
"Estou muito feliz com a visita de vocês. Eu tenho uma personagem, a bruxa do 71. Somos um grupo de idosos e fazemos personagens do Chaves para crianças na Zona Norte de São Paulo. Ganhamos muito fazendo isso,
saímos leves." Paciente Sabiá, 76 anos.
"Eu já li sobre vocês, e sei que vocês têm uma missão muito importante! Uma missão que não é por acaso. O paciente às vezes está triste por estar aqui, mas quando vocês chegam a gente ri e quando vocês vão embora, a gente se sente melhor." Paciente Capellini, 76 anos."
Como amamos ser palhaços!
Dr. Sasamilhone, Dr. Azulão, Dr. Curió Linguine, Dr. Fetutico e Dra. Matraca Calzone
Voluntárixs dos Doutores Cidadãos
Grupo de palhaçaria hospitalar do Canto Cidadão
"Mesmo em noite chuvosa, fria, terça é dia de voluntariar. O quinteto já inicia a troca de conversas bem cedinho, por volta das 7 horas da manhã. Naquele momento, todo o cansaço, estresse e problemas do dia-a-dia são filtrados e até mesmo esquecidos, pois o palhaço, assim como as crianças, entrega-se ao momento, ao agora, ao presente. Antes de sair da sala, um abraço coletivo. Abrimos as janelas da alma, onde a imaginação rompe as barreiras da realidade, criando laços sinceros regados de afeto. E, dali sai o “Quinteto Fantástico”, bobos e lindos, prontos para ouvir grandes histórias e viver encontros extraordinários. Falamos de tudo, discutimos besteiras, novelas, filmes, trocamos receitas, papo de manicure, viagens, recitamos poemas, contamos histórias, jornalismo, dicas de maquiagem e muita música. Nosso pagamento é feito através de sorrisos, lagrimas de felicidades e carinhos. Ahhh, como amamos ser palhaços."
Ganhei meu anel azul de uma fada
Dra. Massa Flor, integrante do grupo Doutores Cidadãos, de palhaçaria hospitalar
"Era domingo...Véspera do Dia dos Namorados. Clima de romance no ar. Desde 2015 voando em bando, tive hoje meu primeiro voo sozinha, mas desconfio que na imensidão desse céu nunca estamos sós. Conheci Maria, 91 anos, mãe, avó, bisavó, me recebeu sorrindo, apesar de suas dores, quanta vitalidade meu deus! Um casal, orgulhoso de seus 50 anos de casamento, conta que o namoro durou 6 anos por correspondência. Renovaram os votos com a Dra. Massa Flor e seu presente, um novo par de alianças (de plástico). Para fechar minha coletânea do dia, encontro, sentadinha, após o banho, uma senhora de 81 anos, com unhas pintadas, por ela, de roxo e azul. Me confidenciou que hoje o marido iria dormir com ela, pois amanhã é dia dos namorados. Não aguentei e presentei o casal com um par de alianças. Imediatamente ela sorri e coloca o anel azul no dedo e fala 'Filha, o anel azul que pedi!' Acertei sem querer, pura sincronicidade. Quando vou me despedindo, agradece e comenta "Ganhei meu anel azul de uma fada!"
David Amancio
Voluntário do Doutores Cidadãos
"Hoje foi um dia novo. Nova casa, dizia que fui transferido de unidade. A escolha de ir para um novo hospital é a de sair do cômodo e vivenciar um novo. O hospital é imenso, me senti tão pequeno dentro daquela imensidão. Porém, os encontros de hoje foram preenchidos por amor. Foram várias histórias de pacientes e acompanhantes envoltos no amor e doação ao próximo. Embora estivéssemos ali para comunicar, grandes encontros aconteceram e nos comunicaram algo de volta também. A história do pão amassado que se transformou em 40 e pouquinhos anos de amor, que gerou 6 filhos, 20 netos e 4 bisnetos; a história da Sra. Da Hora que tem 89 anos e é artista, viaja expondo quadros, o professor de educação física que era atendido por uma de suas alunas, e embora essas grandes figuras estejam dentro de uma instituição que de certa forma gera impotência, eles não se resumem a isso, desejam o amor e que esse se dissipe, que vá aos outros. Desejam amar e sair amando... viva o amor. Viva os bons encontros!"
Juliana (Hospital Cruz Azul)
Humanização do Hospital
"(Sobre os resultados do 1º semestre de 2019): muito obrigada por compartilhar conosco esses resultados maravilhosos! O Canto Cidadão representa uma parceria muito feliz para nós. Sempre grata pela dedicação conosco e com nossos pacientes!"